1) Por que a sabedoria é o conhecimento das causas?
Para Aristóteles a concepção de sabedoria está associada à capacidade do homem conhecer além dos sentidos, aquilo que de fato é em si. Isto não significa, entretanto, que o filósofo estagirita refuta a sensação como possível via do saber. Ele até reconhece que o amor aos sentidos é uma prova inconteste que o homem tende naturalmente para o conhecimento. Entretanto, ele reconhece suas limitações à medida que toda experiência é particular, não conseguindo, portanto, abarcar a gênese do ser. Nesse sentido, Aristóteles é categórico ao reconhecer a excelência da ciência e da arte na apreensão do conhecimento em detrimento dos que só possuem a experiência.
Portanto, podemos afirmar que a sabedoria em Aristóteles está associada ao conhecimento das causas, ou seja, ao universal. Nesse sentido, conhecer não se relaciona minimamente a executar bem as coisas, ou seja, a um utilitarismo ou a um modus operandi ideal, mas sim na capacidade de conceituar os seres, o que, evidentemente, exige a apreensão prévia de suas causas.
2) Por que a Filosofia pode ser considerada a ciência (ou o conhecimento) da verdade?
A Filosofia é classificada por Aristóteles como “ciência teorética”, em oposição ao campo da “prática”. Não se trata, contudo, de uma definição meramente utilitária, como se, de algum modo, o filósofo não tivesse condições instrumentais mínimas de discorrer a respeito de questões tidas como mais pragmáticas.
O que Aristóteles pretende com tal taxonomia é reconhecer a excelência da filosofia em relação ao conhecimento empírico. A Filosofia se ocuparia do ser em si mesmo, aquilo que de fato é. Se a experiência é naturalmente restrita a apreensão de dados voltados para a instauração do prazer e do bem-estar, a Filosofia, como as artes e as outras ciências, se ocupa dos “porquês”. Em outras palavras, a disciplina filosófica se insere no grupo das “disciplinas sapienciais” em razão de se debruçar sobre as causas primeiras e os princípios. Em suma, ao pretender apreender a verdade, esta caracterizada pela atemporalidade e ausência de circunstância, a Filosofia reduz o seu campo de atuação a questões eternas.
3) Por que Aristóteles considera a Filosofia a ciência (ou o conhecimento) do ser?
A Filosofia também pode ser compreendida como ciência do ser à medida que pretende tratar da causa daqueles que Aristóteles chamou de “seres eternos”. É evidente que não Aristóteles não está se referindo a seres míticos ou sobrenaturais, mas sim a “entidades puras”, não circunstanciais e atemporais, que trazem “em grau eminente a natureza que lhe é própria”. Desse modo, o conhecimento do ser se confunde com a apreensão da verdade. Conhecer a respeito da verdade é conhecer o ser enquanto ser estável. Elas são imutáveis e trazem em si a essência de outros entes. É nesse sentido que Aristóteles afirma que “elas não são verdadeiras apenas algumas vezes, e não existe uma causa ulterior do seu ser, mas elas são as causas do ser das outras coisas”. É isso que faz com que a Filosofia seja caracterizada por Aristóteles de “ciência teorética”, superior ao empirismo à medida que se ocupa de analisar a verdade enquanto realidade configurada no ser enquanto ser.
4) O que significa dizer que “o ser tem muitos significados”?
Evidencia-se na afirmação o caráter pluralista do termo “ser” no pensamento aristotélico. Se por um lado o ser designa essência, de outro pode indicar atributo qualificativo ou quantitativo deste mesmo “ser essência”. Nesse sentido, Aristóteles apresenta duas classes de atributos: o principal significado designaria a substância do ser e o segundo qualificativos e quantitativos. Evidencia-se aqui a distinção entre ato e potência, ou seja, entre o que é em si mesmo e o que poderá a vir a ser. Os atos são em si mesmo, chamados por Aristóteles de “formas puras”. A potência, por sua vez, se constrói dentro de categorias atributivas (ação, relação, quantidade). É evidente que o ato, como modo de ser, é ontologicamente superior a potência.
Para Aristóteles a concepção de sabedoria está associada à capacidade do homem conhecer além dos sentidos, aquilo que de fato é em si. Isto não significa, entretanto, que o filósofo estagirita refuta a sensação como possível via do saber. Ele até reconhece que o amor aos sentidos é uma prova inconteste que o homem tende naturalmente para o conhecimento. Entretanto, ele reconhece suas limitações à medida que toda experiência é particular, não conseguindo, portanto, abarcar a gênese do ser. Nesse sentido, Aristóteles é categórico ao reconhecer a excelência da ciência e da arte na apreensão do conhecimento em detrimento dos que só possuem a experiência.
Portanto, podemos afirmar que a sabedoria em Aristóteles está associada ao conhecimento das causas, ou seja, ao universal. Nesse sentido, conhecer não se relaciona minimamente a executar bem as coisas, ou seja, a um utilitarismo ou a um modus operandi ideal, mas sim na capacidade de conceituar os seres, o que, evidentemente, exige a apreensão prévia de suas causas.
2) Por que a Filosofia pode ser considerada a ciência (ou o conhecimento) da verdade?
A Filosofia é classificada por Aristóteles como “ciência teorética”, em oposição ao campo da “prática”. Não se trata, contudo, de uma definição meramente utilitária, como se, de algum modo, o filósofo não tivesse condições instrumentais mínimas de discorrer a respeito de questões tidas como mais pragmáticas.
O que Aristóteles pretende com tal taxonomia é reconhecer a excelência da filosofia em relação ao conhecimento empírico. A Filosofia se ocuparia do ser em si mesmo, aquilo que de fato é. Se a experiência é naturalmente restrita a apreensão de dados voltados para a instauração do prazer e do bem-estar, a Filosofia, como as artes e as outras ciências, se ocupa dos “porquês”. Em outras palavras, a disciplina filosófica se insere no grupo das “disciplinas sapienciais” em razão de se debruçar sobre as causas primeiras e os princípios. Em suma, ao pretender apreender a verdade, esta caracterizada pela atemporalidade e ausência de circunstância, a Filosofia reduz o seu campo de atuação a questões eternas.
3) Por que Aristóteles considera a Filosofia a ciência (ou o conhecimento) do ser?
A Filosofia também pode ser compreendida como ciência do ser à medida que pretende tratar da causa daqueles que Aristóteles chamou de “seres eternos”. É evidente que não Aristóteles não está se referindo a seres míticos ou sobrenaturais, mas sim a “entidades puras”, não circunstanciais e atemporais, que trazem “em grau eminente a natureza que lhe é própria”. Desse modo, o conhecimento do ser se confunde com a apreensão da verdade. Conhecer a respeito da verdade é conhecer o ser enquanto ser estável. Elas são imutáveis e trazem em si a essência de outros entes. É nesse sentido que Aristóteles afirma que “elas não são verdadeiras apenas algumas vezes, e não existe uma causa ulterior do seu ser, mas elas são as causas do ser das outras coisas”. É isso que faz com que a Filosofia seja caracterizada por Aristóteles de “ciência teorética”, superior ao empirismo à medida que se ocupa de analisar a verdade enquanto realidade configurada no ser enquanto ser.
4) O que significa dizer que “o ser tem muitos significados”?
Evidencia-se na afirmação o caráter pluralista do termo “ser” no pensamento aristotélico. Se por um lado o ser designa essência, de outro pode indicar atributo qualificativo ou quantitativo deste mesmo “ser essência”. Nesse sentido, Aristóteles apresenta duas classes de atributos: o principal significado designaria a substância do ser e o segundo qualificativos e quantitativos. Evidencia-se aqui a distinção entre ato e potência, ou seja, entre o que é em si mesmo e o que poderá a vir a ser. Os atos são em si mesmo, chamados por Aristóteles de “formas puras”. A potência, por sua vez, se constrói dentro de categorias atributivas (ação, relação, quantidade). É evidente que o ato, como modo de ser, é ontologicamente superior a potência.
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